dimanche 22 novembre 2009

I feel free



Construção
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague

vendredi 20 novembre 2009

FOOD INC



www.foodincmovie.com/

mercredi 18 novembre 2009

Nem papel, nem plastico


Paris, 4am, 19/11/09.

Sound track : Pandemonium (Apocalyptica)
Reading : http://pulpinc.wordpress.com/
Problem of the day : monoculture of trees for paper industry


Simple Answer: Great Returns

An example of how timber investment works:

"The global demand for timber has continued to increase year after year, and with timber products becoming increasingly popular, the worldwide demand for timber and timber investments is likely to continue its strong growth." http://www.greenwood-management.com

Datas :
1/3 of paper production is used for writing and printing paper, most of it is used for ADVERTISING! And almost half of all paper produced is used for PACKING.

Conclusion of the day :
We don't spend paper to produce knowledgement, to write love letters, to draw a sunny day... but to have our brains washed with advertising, to be stimulated to buy, to be something, someone, by buying THINGS. And all those amazing things we apparently "need" to have, we do need to pack! A life style based on consomption sustains "deserts of green" all over the world.
What are your contributions ?

To think about :
What is the consomption of water of a eucalytus forest, for exemple, that is "genetically" selectionated to grow fast ?
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From CMI Floripa :

As organizações movimentalistas da região do alto da serra em Santa Catarina convidam a todos e a todas a participarem e organizarem grupos de resistência contra a instalação de uma multinacional em uma pequena cidade de Santa Catarina.

Na região estas organizações estão batendo de frente contra duas poderosas multinacionais, a Bunge e a Yara, que estão tentando instalar em Anitápolis uma mina a céu aberto que irá explorar, por 33 anos, fosfatado e produzir ácido sulfúrico, em uma região exuberante, em plena mata atlântica.

O empreendimento prevê a destruição 360 hectares de mata, fauna e flora, além de construção de uma barragem e dois lagos, no Rio Pinheiros, que servirá para lavagem de dejetos, restos de sujeira da prospecção.

O risco de a barragem vazar e destruir várias cidadezinhas logo abaixo dela é eminente com a sua construção, já que as multinacionais ignoram o dados dos estudos do Comitê da Bacia do Tubarão que apontam que região do Pinheiros é de alto risco a erosão e deslizamentos.

Outro problema que é apontado pelo movimento contra implantação das minas de fosfato é o início de um processo de favelização, porque a cidade com 3000 habitantes não comporta receber 1500 empregados de outras partes do Brasil com as suas famílias, no período de construção do empreendimento.

A região que está começando a desenvolver uma agricultura orgânica e o turismo rural, com a mina receberá o tráfego de mais de 100 caminhões superpesados trafegando sobre uma estrada sem capacidade de recebê-los, o que inviabilizará certamente outras atividades econômicas que estão começando aflorar.

Situação atual
Atualmente uma ONG ajuizou uma ação judicial na justiça Federal que obteve êxito e trancou a implantação desta loucura. Entretanto, devido à falta de informação sobre as possíveis conseqüências destas minas e sobre a extensão dos impactos em toda a região, a maioria das pessoas da comunidade de Anitápolis é favorável a implantação segundo o argumento que mina que virá trazer 400 vagas de emprego, onde índice de desemprego é praticamente inexistente, uma vez que a população é composta por trabalhadores rurais proprietários de pequenos espaços de terra.

Movimentação:
No mês de novembro o movimento fará caminhadas e panfletagens no centro de Florianópolis, as datas, horas e locais de concentração serão divulgados pelo CMI Floripa. Em dezembro está previsto um SHOWMÍCIO em data indicativo: 08.dez, (terça-feira, 18h) e local a serem definidos.
A idéia é algumas bandas tocarem sem custo, todos trabalhamos como voluntários para conseguir custear a campanha contra implantação do projeto Anitápolis.
Maiores informações:
www.montanhaviva.org.br

ABAIXO ASSINADO NÃO A FOSFATEIRA!
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/4228



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